segunda-feira, 9 de março de 2009

A saída do «5 Dias»

Na sexta-feira, abandonei o blogue colectivo «5 Dias», por razões que não vêm aogra para o caso. Adorei a experiência e só lhes desejo a maior sorte do mundo. Que continuem a massacrar, nas audiências, o servil Jugular!
Parece-me que agora vou ter mais tempo para postar por aqui. Apesar da escola e, claro, das minhas actividades paralelas ao ensino.
A propósito, aqui fica a despedida que fiz para o «5 Dias».

Este é o meu «post» de despedida.
A vida tem destas coisas. Ainda ontem ou anteontem, dizia ao Paulo Pinto do Jugular, na caixa de comentários de um «post» do Nuno Ramos de Almeida, que vestira a camisola do «5 Dias», que um blogue colectivo era uma espécie de família e que não previa para breve a minha saída destas bandas.
Afinal, parece que perdi uma boa oportunidade de estar calado. Mordi a língua. Os planos que tinha sairam ao contrário e acabo por sair, hoje, claramente derrotado. Vencido. Quem te manda a ti, carpinteiro, tocar rabecão, ou lá o que é.
Por que saio? Fiquemo-nos pelos «motivos pessoais», que é o que se diz nestas alturas, não é?
Gostei muito desta curta experiência no «5 Dias». Ainda me lembro perfeitamente quando recebi um mail do Luís Rainha a convidar-me, em pleno Jantar de Natal da minha escola. Eu, um simples comentador que nunca tinha pensado chegar a autor de um blogue. Eu, um «slumdog».
Ao longo de pouco mais de dois meses, escrevi dezenas de «posts» e recebi centenas de comentários. Uns agradáveis, outros menos, mas todos importantes. De todos os comentadores, tenho de dirigir uma palavra especial ao Luís Moreira e à De Puta Madre. De todos os «posts», arrependo-me apenas de um, aquele em que me meti de forma estúpida com a Fernanda Câncio a propósito dos despedimentos na Controlinveste. Não fiz por mal, mas foi mau.
Quanto aos outros, orgulho-me de todos. Nos «Momentos de Lucidez» de Mário Soares, disse as verdades que ninguém parece ter coragem de dizer neste pântano em que se transformou Portugal; de Sócrates, disse também tudo o que tinha a dizer; do Freeport, tentei esclarecer o que se passou em dois textos que me deram muito trabalho; com Rui Curado Silva, brinquei, mas parece que só o próprio não levou a mal; hoje mesmo, voltei a brincar com os IP’s e os comentadores, mas parece que também ninguém percebeu.
Aqui chegados, faltam os agradecimentos. Ao Luís Rainha e ao Nuno Ramos de Almeida, por me terem convidado para esta experiência inesquecível que foi o «5 Dias». Já lá está no meu currículo - autor do «5 Dias» em 2008 e 2009. Para um «slumdog», nada mau, ah? Quanto aos outros, um abraço muitíssimo especial aos excelentes Carlos Vidal e Tiago Mota Saraiva, para mim os melhores deste blogue, apesar de alguns exageros (para chocar) do Carlos; um abraço ao Pedro Ferreira, com quem troquei interessantes experiências, e ao João Branco, que tenho pena de não ter conhecido melhor; um beijo de muita amizade ao Paulo Jorge - havemos de nos conhecer, puto!; cumprimentos ao Zé Nuno, sempre pronto a resolver os meus problemas técnicos, e a todos os outros.
Despeço-me da forma que se despediu, emocionado, o jornalista do último telejornal da saudosa NTV: a gente vê-se por aí.

Ricardo Nuno Santos Ferreira Pinto

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Ricardo,

Folgo em saber que saiu de um blog.
Se tudo correr bem, para todos nós, amanhã não irá escrever em lado nenhum.

As melhoras, e e esperando nunca mais ouvir de sí em lado nenhum.

Aurea Mediocritas