quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ferrnanda Charrua, um mártir do socratismo pidesco - a não esquecer no momento do voto

O caso Fernando Charrua representa o que de pior teve o regime socratino que agora finda. O terror, a censura, o culto do chefe. Numa conversa privada, Fernando Charrua terá dito que José Sócrates era um filho da puta. Tal qual nos tempos da PIDE, um inominável bufo ouviu o desabafo e foi contar às chefias. O professor foi suspenso de imediato e a sua comissão de serviços terminada. Iniciou-se então um processo disciplinar.
Num país decente, que não num lamaçal como Portugal, a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, teria sido demitida de imediato, bem como a directora-geral da DREN, Margarida Moreira, e o respectivo bufo. Num país decente, o Presidente da República concluiria que estava em causa o normal funcionamento das instituições.
Ao invés, o bufo foi promovido, a directora-geral foi reconduzida e a Ministra assobiou para o lado como se nada fosse – o mesmo fizeram o primeiro-ministro e o Presidente da República.
Foi em 2007 – há dois anos apenas. Hoje, na mesma altura em que outros são glorificados por chamarem filho da puta aos adversários, Fernando Charrua é candidato à Junta de Freguesia de Campanhã, no Porto. Para trás, fica um processo kafkiano, do qual nada resultou, porque o castigo, esse, foi imediato e ficou para sempre na sua folha de serviços – fim do destacamento na DREN que durava há muitos anos e processo discipinar.
No momento do voto, convém não esquecer de que massa são feitos determinados tiranetes que governam Portugal.

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domingo, 16 de agosto de 2009

Discurso sobre o filho da puta

João Galamba chamou filho da puta ao João Gonçalves por causa do João Constâncio.
Começa a tornar-se um hábito. O futuro deputado da Nação, quando não gosta do que lê, desata a chamar filho da puta a uma velocidade superior à do Alberto Pimenta. Já me chamou filho da puta a mim, já terá chamado a uns quantos, agora chamou ao João Gonçalves.
Neste ponto, não posso deixar de dar razão a Fernanda Câncio no último «post» que escreveu no «5 Dias» (devo estar confuso, porque agora estou a lê-lo no Jugular numa data em que o mesmo nem sequer existia): «Sempre me fez muita confusão que para chamar um nome a alguém -- no caso, para dizer que alguém não presta -- se optasse por qualificar a respectiva mãe. ora não só me parece de manifesto mau gosto partir do princípio de que uma pessoa é má rês por alguma coisa que a mãe fez ou deixou de fazer, como não me é minimamente óbvio que o trabalho sexual deva ser associado à geração de más índoles. mas o mais curioso de tudo será a espécie de desculpabilização do facínora implícita na designação. como quem diz que o problema não é bem dele, é da mãe.»
Quanto ao futuro deputado João Galamba, será certamente um digno representante da Nação. Ao nível de um Manuel Pinho ou de um Jorge Coelho. É que quem se mete com o PS leva!

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«Odeio os caroços. Só como cerejas quando a minha empregada tira os caroços por mim» (Carolina Patrocínio, mandatária do PS para a Juventude)

Só uma dúvida: como será que a empregada lhe tira os caroços? Com os dentes?

A pérola encontra-se por volta dos 8 minutos.

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As incoerências de Vieira da Silva e de Moita Flores

Vieira da Silva acusou o PSD de política de baixo nível por Aguiar-Branco dizer que o Governo está sob suspeita.
Cuiroso. Ninguém lhe ouviu uma única palavra a propósito da «roubalheira do BPN» que Vital Moreira andou a espalhar em plena campanha para as Europeias.
Moita Flores, por seu turno, diz que não vai votar no PSD nas Eleições Legislativas. Mas nas Autárquicas, duas semanas depois, irá candidatar-se pelo PSD à Câmara Municipal de Santarém. Se não se revê no PSD, por que razão não concorre sozinho? Ah, pois, porque já entregou as listas. Isto é que é azar!

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