quarta-feira, 11 de março de 2009

Concurso Nacional de Professores

Aquando do início do consulado da Ministra Maria de Jesus Rodrigues, veio a notícia do concurso de professores por três anos. Terá sido, mas só para alguns. Pois eu, que sou Quadro de Zona de Pedagógica, estive em quatro escolas nesses tais três anos. Só porque a DGRHE proibia a recondução de professores com horário incompleto. Claro que, depois, o mesmíssimo horário era entreguue a um desses professores em espera. E começava uma tão ridícula quanto desnecessária troca de cadeiras.
(Exemplo elucidativo: eu e a minha colega Dália, ambos dos arredores do Porto. Primeiro ano: eu em Tarouca, ela em Cinfães; segundo ano: eu em Souselo, ela em Tarouca; terceiro ano: eu em Cinfães, ela em Souselo!)
Há uns meses, Maria do Céu Rodrigues anunciou que os Quadros de Zona Pedagógica iam ser extintos e que esses professores iriam passar para os Quadros de Agrupamento. Anunciou também que o próximo concurso seria por quatro anos.
Com grande estardalhaço, vieram então os governantes dizer que nunca se tinham aberto tantas vagas para professores como se iriam abrir neste ano e que para os contratados é que ia ser.
Hoje, sabe-se que vão abrir cerca de 20 mil vagas e que, dessas, 2 mil são para contratados. Atendendo a que há 30 mil professores dos Quadros de Zona Pedagógica, isso significa o quê? Bem, 30 mil menos 20 mil, mais 2 mil, 18 mil... é fazer as contas!
Já estou a perceber a história. Mais uma vez, essa da colocação por quatro anos vai ser uma grande treta, pelo menos para mim. Continuarei mais quatro anos com a vida adiada, sem saber como vai ser no ano seguinte. Porque isto de passar a semana inteira longe de casa é uma merda e começa a ser insuportável. Não estou para isto muito mais tempo. Masse calhar vou ter de estar, não é?
Para o futuro, Maria da Glória Rodrigues anuncia já o fim dos concursos e a colocação directa por parte das escolas. É, diz ela, uma forma de lhes dar autonomia.
Autonomia? Quase que me ria...

Sem comentários: