sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Natal: Prendas impossíveis. Ou um «post» que poderia chamar-se «Momentos de lucidez» (III)


Pois, é uma prenda impossível para este Natal.
Vá-se lá saber porquê, desde que o livro foi publicado e rapidamente esgotou - 30 mil vendas só no primeiro dia - nunca mais foi reeditado. Apesar dos vários pedidos que, ao longo dos anos, têm sido feitos, a D. Quixote continua a não encarar essa possibilidade, que, diga-se, seria um sucesso garantido.
Eu próprio contactei a editora para saber da possibilidade de o livro ser reeditado, mas a resposta, assinada por Anabela Oliveira, do Apoio a Clientes, foi esclarecedora:
«Exmo Senhor,
Vimos pelo meio informar de que o livro "Contos Proibidos" se encontra esgotado e não temos de momento previsão de reedição.
Grata pela atenção dispensada
Com os melhores cumprimentos»
Se calhar, até se percebe por que razão não voltou a ser publicado. Como dizia o editor, Nelson de Matos, ao «Expresso», em Novembro de 2004, «foi o [livro] mais atrevido. Vendeu trinta mil exemplares no dia do seu lançamento. Teve todas as coberturas - não houve nem jornal, nem rádio, nem canal de televisão que não ocupasse uma grande parte do seu tempo com este livro. Foi um livro que me causou bastantes dificuldades pessoais.
- Pressões? Ameaças?
- Não digo pressões nem ameaças, mas mal-estares, comentários negativos. Algumas pessoas manifestaram o seu desgosto por eu ter tomado a decisão de o publicar. A todos expliquei que o livro existia, tratava uma questão importante, tinha revelações importantes e procurava ser sério ao ponto de as provar. Desse ponto de vista, achei que o livro merecia ser discutido na sociedade - e a sociedade que o recuse, o queime ou faça o que entender. Ou seja: eu não sou um censor!»

Pois, já que não há prenda para dar no Natal, teremos de nos contentar com a sua versão em PDF.
Para quem quiser ler: http://ferrao.org/documentos/Livro_Contos_Proibidos.pdf


Publicado por Ricardo Santos Pinto

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