domingo, 19 de agosto de 2007

Apito Encarnado

O Benfica foi sempre o clube do regime. O clube da Ditadura.
É perfeitamente natural que, nestes tempos de «democracia mitigada» que Portugal atravessa, o Benfica volte a ser protegido por que manda em Portugal. Só não se contava que fosse o Ministério Público a fazê-lo. Uma instituição que devia estar acima de tudo e de todos e que devia ter como único fim a defesa da legalidade e dos direitos do Estado e dos cidadãos. Afinal, pelos vistos, os interesses do Benfica estão acima dos interesses do próprio Estado.
Não se espera que a comunicação social seja imparcial no que toca à análise dos casos do futebol. Não se espera que a RTP deixe de transmitir reportagens asquerosas sobre os concorrentes do Benfica. Mas já se esperava que o Ministério Público, quando ouve o Presidente do Benfica a escolher árbitros para os seus jogos e a dizer que, se não o conseguir, vai fazê-lo de outra maneira, agissse da mesma forma que agiu contra outros clubes.
A equipa-maravilha, pelos vistos, só tem olhos para o F. C. do Porto. Para os mais fortes, para aqueles que dizem que têm 6 milhões de adeptos, a equipa-maravilha só tem conivências. Será porque, a fazer fé no processo do «Apito Encarnado», o Dr. Saldanha Sanches trabalha sem recibo para o Presidente do Benfica?


Publicado por Ricardo Santos Pinto

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